Conhecendo o Veeam Recovery Orchestrator
Hoje vamos falar um pouco sobre o Veeam Recovery Orchestrator. Para começar, vamos relembrar que recuperação de desastre é a capacidade de restaurar um ou mais sistemas para uma versão anterior aceitável após um evento que cause interrupção ou perda de dados. Para se aprofundar mais no conceito, recomendo a leitura deste artigo sobre Alta Disponibilidade e Recuperação de Desastres. Vamos imaginar que a empresa Conza Corp está com o datacenter principal debaixo d’agua devido aos desastres ambientais. Neste momento, todos os sistemas estão indisponíveis. Não há nada que possa ser feito rapidamente para recuperar o datacenter principal, restando apenas iniciar o processo de recuperação de desastres para outro datacenter.
Agora é a hora que o administrador precisa saber exatamente quais sistemas serão priorizados, quais as dependências e mais um monte de coisas complexas que podem atrasar o retorno dos sistemas.
É aqui que o Veeam Recovery Orchestrator entra para te ajudar. Com o Orchestrator é possível aproveitar as capacidades de recuperação do Veeam Backup & Replication para construir planos de recuperação de desastres, automatizar processos e eliminar as etapas manuais. Basta um clique para ver a mágica acontecer, pois as cargas de trabalho, prioridades e o destino podem ser previamente configurados e são testados diariamente, evitando assim surpresas no momento em que você mais precisa.
Origens e destinos
Entenda “origem” como o seu datacenter principal e “destino” como o seu datacenter de recuperação (DR). Atualmente, o Orchestrator consegue automatizar a recuperação de máquinas virtuais do VMware vSphere e de servidores fisicos Windows e Linux (suportados pelo agente do VBR). Como destino, é possível utilizar o VMware vSphere e também o Microsoft Azure.
Tipos de recuperação
Antes de falar sobre isso os tipos de recuperação, é importante ter em mente que o Orchestrator é uma camada de automação/orquestração que trabalha em conjunto com o Veeam Backup & Replication, ou seja, todas as funcionalidades que o Orchestrator utiliza estão presentes no VBR. Dito isso, é possível recuperar o ambiente de duas formas: 1) restaurando backup (máquinas virtuais VMware vSphere, servidores fisicos Windows / Linux e snapshots do storage) 2) replicas (VMware vSphere).
Exemplos de cenários
Neste exemplo existem servidores fisicos (Veeam Agent) e máquinas virtuais VMware vSphere que são protegidas pelo Veeam Backup & Replication. Todas essas cargas de trabalho podem ser recuperadas no Microsoft Azure como máquinas virtuais. Os repositórios podem ser locais ou baseados em objetos.
Aqui as máquinas virtuais do VMware vSphere são implementadas em um storage que é replicado entre o Site A e o Site B. O servidor Veeam Backup & Replication aciona a criação de snapshots de storage com application-aware para proteger as máquinas virtuais. O Orchestrator fornece gerenciamento de planos de recuperação, testes e execução, automatizando o failover dos volumes do storage e fazendo o registro das máquinas virtuais VMware vSphere no site de destino.
Neste cenário, servidores fisicos (Veeam Agent) e máquinas virtuais VMware vSphere são protegidos pelo Veeam Backup & Replication. Todas essas cargas de trabalho podem ser recuperadas no ambiente VMware vSphere como máquinas virtuais. O Orchestrator pode usar tanto repositórios de backup primários quanto de cópia, além de aproveitar o Veeam Secure Restore e o Veeam Instant VM Recovery ao recuperar os backups de agentes e VMs como novas máquinas virtuais do VMware vSphere.
E o último cenário é similar ao anterior, porém, ao invés da recuperação ser por meio da restauração do backup, é realizado utilizando replicação (com ou sem CDP). O Orchestrator fornece gerenciamento de planos de failover, testes e execução, realizando o failover de todas as máquinas virtuais e executando testes de verificação para garantir uma recuperação bem-sucedida.
Importante mencionar que é possível fazer um mix dos cenários acima, ou seja, as cargas de trabalho podem ter múltiplos sites de recuperação. Por exemplo: alguns servidores fisicos e virtuais seriam recuperados no Microsoft Azure a partir de backups, outra parte de máquinas virtuais poderiam ir para outro site de recuperação via failover de replicas e por aí vai.
É isso, até a próxima!